30 de jun. de 2012

CUSTOMIZAÇÃO NAS BOLSAS DE LUXO


SERVIÇOS DE CUSTOMIZAÇÃO É A NOVA APOSTA DAS MARCAS DE LUXO

 
Para agradar clientes cada vez mais exigentes e manter a exclusividade dos produtos diante da globalização, marcas de luxo investem em serviços de customização. Conheça seis grifes que já apostam no segmento!
 

 Clientes da Louis Vuitton podem estampar as suas iniciais em bolsas da grife


Já imaginou ter suas iniciais gravadas na bolsa Speedy, da Louis Vuitton, ou em um carré da Hermès? Ou ter milhões (sim, milhões!) de possibilidades de transformar seu trench coat da Burberry? Espalhadas pelos quatro cantos do mundo, as grandes maisons parecem ter encontrado na customização uma forma de agradar clientes exigentes e manter seus produtos - pelo menos os mais tradicionais - mais exclusivos ainda. "A globalização deixou o mercado de luxo acessível a um número maior de pessoas. O serviço personalizado é uma saída para criar peças únicas para consumidores que querem ser diferentes", aponta Christina Pitanguy, consultora de moda, imagem e luxo do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro.



Ao que tudo indica, a indústria da moda está realmente interessada em investir nesse segmento. A francesa Goyard, por exemplo, que chegou ao Brasil há pouco tempo, trouxe na bagagem o Atelier Marquage, que vai funcionar na própria loja, no JK Iguatemi, em São Paulo. "É a primeira vez que colocamos uma oficina de personalização visível em um de nossos ambientes. Queremos que as pessoas saibam que temos esse know-how", comenta Jeanne Signoles, a CEO.

Entre as marcas nacionais, o movimento também começa a ganhar força. O designer Alexandre Birman grava o nome da compradora em sapatos feitos sob medida. A Maria Bonita, que também oferece o serviço deluxe, cobra pela personalização - assim como as marcas internacionais. Mas os valores não entram em pauta. "Cada serviço é único. O pedido é analisado e é passado um orçamento", desconversa Alexandre Aquino, diretor do grupo carioca. Uma raridade na área da customização, o estilista Sandro Barros, ex-Daslu, não cobra nenhum centavo a mais pelos detalhes que borda nos vestidos de noiva de suas clientes.

 
Segundo Christina Pitanguy, a diferença do preço entre um produto customizado e um ready to wear é totalmente justificável. "Geralmente, o trabalho de personalização é feito a mão no ateliê da etiqueta. Ou seja, não se trata de fabricação em série. É preciso investir em tempo e mão de obra", finaliza. Veja agora o que algumas marcas - nacionais e internacionais - estão oferecendo a clientes que não se incomodam em pagar mais caro quando isso significa levar para casa um produto para lá de exclusivo.


 
                                                                                   

A famosa Goyard desembarca no Brasil dando toque pessoal às charmosas bolsas


Goyard

A tradicional label francesa Goyard chega ao país com uma loja no badalado JK Iguatemi, em São Paulo, e traz seu Atelier de Marquage para que a consumidora possa dar seu toque pessoal às charmosas bolsas e malas da marca. "O serviço é feito a mão e exige vários dias de trabalho", diz Jeanne Signoles, a CEO. No Brasil, a customização será feita entre 15 e 20 dias. Em Paris, são necessárias seis semanas.



Burberry

Outra marca centenária, a inglesa Burberry, comandada pelo estilista Christopher Bailey, lançou o projeto Bespoke, que permite que os consumidores customizem o tradicional trench coat da grife. No site da etiqueta, o cliente tem a chance de escolher o comprimento do casaco, o forro, os botões, o cinto... Ao todo, são mais de 12 milhões de opções. O custo? A grife prefere não divulgar, já que o número de intervenções influencia o preço final do produto. Mas vale fazer uma simulação no portal.



Louis Vuitton

Em 2009, a centenária Louis Vuitton lançou o serviço de personalização Mon Monogram, hoje presente em quase 100 lojas, incluindo a do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. Sem citar valores, a marca customiza alguns de seus ícones, como a bolsa de mão Speedy, a bolsa de viagem Keepall e a maleta Pégase 55. A cliente pode estampar suas iniciais, com três letras e em dois tons, com listras verticais ou diagonais ou até mesmo uma combinação de iniciais e listras. Disponível em 17 cores, o serviço, já utilizado pela cantora Lily Allen, possibilita mais de 200 milhões de combinações por bolsa!



Sandro Barros

Depois de responder pela linha couture da Daslu, Sandro Barros abriu recentemente seu espaço solo em São Paulo. O estilista confecciona quatro vestidos de noiva por mês, sempre com algum detalhe especial, como as iniciais da noiva bordadas no véu e o nome das amigas gravado em azul na barra do look - tudo sem acréscimo no custo final. "O mercado de luxo tem de oferecer esses atrativos", defende Sandro.



Maria Bonita

Na Maria Bonita, as peças podem ser confeccionadas em cores e tamanhos diferentes, e os modelos lisos ganham bordados, além de alterações no decote e no comprimento. "Acredito que luxo é exclusividade. A cliente precisa se sentir única", avalia Alexandre Aquino, diretor do grupo. Toda a rede de lojas oferece o serviço, que é feito por uma equipe especializada na fábrica da marca e leva, em média, um mês para ser concluído. Valores? Depende da encomenda.



Hermès

Há um ano, a centenária Hermès encontrou uma maneira de aproximar ainda mais as clientes de seus tradicionais lenços de seda, os chamados carrés. Na loja da Madison Avenue, em Nova York, a consumidora pode customizá-los com iniciais, datas e até uma mensagem especial. O serviço, batizado de Life in Silk, leva dez dias para ficar pronto.

























CRÉDITOS: Reportagem: Gilberto Júnior - Edição: MdeMulher



                                                                       

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